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Neuza Aparecida de Freitas Ferrari
RESUMO
A presente monografia tem como objetivo expor as dificuldades das
crianças nas séries iniciais, com o processo de aquisição da linguagem
escrita. O trabalho de pesquisa foi realizado através de observação para
análise de atividades feitas em sala de aula por alguns alunos e do
trabalho de uma pedagoga. Sabemos que é um grande desafio fazer com que o
aluno passe espontaneamente para a linguagem escrita o que se ouve e o
que se fala. A compreensão e valorização das funções sociais da escrita é
uma aprendizagem ligada aos planos conceitual, procedimental e
atitudinal, que pode ter início desde os primeiros momentos da chegada
da criança à escola e deve continuar até o final de sua formação
estudantil. Uma conclusão a que considero relevante, é de que a escola
necessita criar ambientes alfabetizadores, para que com a visualização e
familiarização da linguagem escrita desenvolve na criança uma
habilidade autônoma. A psicopedagoga é um campo que detecta as
dificuldades encontradas pelos alunos no ensino-aprendizagem e procura
colaborar com a instituição no sentido de reforçar e auxiliar a equipe
docente para sanar essas dificuldades. A escola ideal é aquela que visa o
bem-estar do aluno, compreendendo suas necessidades e respeitando suas
diversidades individuais no sentido de alcançar os ideais almejados como
uma educação de qualidade para todos.
Palavras chaves: Dificuldade de Aprendizagem na Leitura e na Escrita
1. INTRODUÇÃO
É interessante analisar as dificuldades de aprendizagem encontradas
na trajetória escolar das crianças, principalmente nas séries iniciais.
Sabemos que eles surgem envolvendo vários aspectos como sociais,
culturais e pedagógicos. Abordarei alguns caminhos que possam contribuir
na aprendizagem e na prática pedagógica. Procurarei na medida do
possível estimular e fornecer conhecimento que promova a leitura na vida
de cada criança, para que seu crescimento pessoal e a realização de seu
projeto de vida venham concretizar com qualidades e sucesso.
A importância da leitura deverá ser mostrada, enfatizando desde cedo
para que o envolvimento seja considerável um salto no desenvolvimento da
pessoa. A criança descobre que o domínio desse sistema complexo fornece
novos instrumentos de pensamento e registros de novos conhecimento e
formas de organizar a ação.
Com embasamento nessa perspectiva, deve ficar claro que a
aprendizagem da leitura é um processo complexo que envolve vários
sistema e habilidades, lingüísticas, perceptivas, motoras cognitivas e,
não se pode esperar, portanto, que seja determinado um único fator como
responsável pela dificuldade para aprender. Na verdade, os distúrbios de
aprendizagem dependem de causas múltiplas, cabendo aos profissionais
que realiza os diagnósticos, o evidencia mento da área mais comprometida
e, conseqüência, a recomendação da abordagem terapêutica, mas indicada
para a superação das dificuldades. Este estudo vem ampliar a visão
entendimento de como-se da aquisição da leitura, requerendo novas
técnicas, novos olhares de pais, e da sociedade que exige da escola,
novos horizontes para amenizar as dificuldades de aprendizagem
contribuindo assim, para o sucesso do ensino escolar, garantindo a
qualidade e a permanência desse ciclo de formação.
Diante da realidade educacional vivenciada alguns anos de trabalho
são comuns depara com criança que só copia, mas não lê, não produz a
escrita sem ajuda do professor. Essa dificuldade vem cada vez,
aumentando o fracasso e o abandono escolar. Para explicar e entender
essas dificuldades na aquisição da leitura e da escrita busca suporte
teóricos que possibilitarão conhecimento que possam contribuir ou
amenizar situações em sala de aula.
A relação entre o ensino e aprendizagem é fator complexo, pois
diversos fatores de ordem social, político, econômico interferem na
dinâmica da sala de aula, isto porque a escola não é uma instituição
independente. Esse processo depende primeiramente do aprendizado que
realiza num determinado grupo cultural, a partir da interação com outros
indivíduos. O papel fundamental na conquista deste código escrito, e o
preparo do educador alfabetizador, na compreensão do processo, as
etapas, as hipóteses levantadas e considerar a criança como um ser
presente. Com posse destes dados o educador tem a possibilidade de
planejar as atividades que estejam condizentes com os níveis de
desenvolvimento cognitivo de seus alunos.
Mas deixando claramente que aprendizagem da leitura da escrita é um
fator que envolve vários sistemas e habilidades, por isso não se podem
esperar, um único e determinado fator como responsável pela dificuldade
para aprender. Acredito que, a única maneira de se reverter essa
situação é buscar as reais causas das dificuldades da aprendizagem.
Toda criança tem possibilidades para aprender, e gostam de fazer, e
quando isto não ocorre, é porque alguma coisa não está indo bem. Neste
momento, é necessário que tanto os professores como os demais
profissionais responsável pelo processo de aprendizagem, se questionem a
cerca dos fatores que podem estar contribuindo para não aprender. È um
trabalho de interpretação, compreensão e conhecimento relativo da
criança. O que se acredita serem aspectos de grande importância para
todos os que estão comprometidos com o processo educativo.
Atualmente não só no Brasil, como em outras culturas, a um aumento
significativo de crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem,
embora sejam possuidoras de habilidades cognitivas para um desempenho
acadêmico satisfatório. Essa problemática tem estado presente em vários
debates, estudos, congressos e seminários. È um fator que tem recebido
atenção de vários profissionais da área educacional e médica, sendo que
os mais relevantes são ligados de forma integrante à criança, enquanto
ser envolvido e sob influências merecedoras de atenção, como a de seus
familiares, de seu meio social e da própria escola. È tarefa relevante
do professor e da escola transmitir o ensino às crianças de maneira
adequada facilitando à aprendizagem de forma a se reduzir o fracasso
escolar e estimular a aprendizagem, assim como oferecer à criança
possibilidades de sucesso, o que provavelmente lhe proporcionará
auto-conceito satisfatórios.
Analisando os fatores relacionados ao sucesso e ao fracasso acadêmico
Podemos citar três vários interligados, denominadas de controle
ambiental e social, contexto psicológico e contexto metodológico.
O fator ambiental e social é muito importante para aprendizagem, pois
a origem da criança é altamente responsável pela suas atividades de
segurança, de confiança no desempenho de suas atividades e na aquisição
de experiência bem sucedidas, o que faz a criança obter conceitos
positivos sobe si mesmo, é o que está à sua volta.
Como evidenciar a leitura psicológica à criança, um ser dotado de
possibilidades a serem desenvolvidas de seus próprios valores e
significados, faz parte de sua vivencia cultural a espontaneidade, a
liberdade, avivacidade, porém, é um ser demasiadamente sensível às
influências e estruturas do ambiente onde está inserida.
O desenvolvimento e aprendizagem, segundo a abordagem sociocultural,
também são concebidos como processos que se efetivam na cultura. Nesse
sentido o desenvolvimento e aprendizagem são interagem desde o primeiro
instante de vida, uma vez que não há como se desenvolver sem a
participação do aprendizado. A aprendizagem, nessa concepção, mobiliza o
desenvolvimento. No entanto, não se podem fundir esses processos em uma
única dados a suas particularidades, mesmo em constante interação, o
desenvolvimento e aprendizagem.
Daí a necessidade de continuar investigando este tema produzindo
conhecimento que nos leve aos saberes racionais, instrumentalizar
professores nas escolas brasileiras e com certeza, o quadro do fracasso
escolar será alterado no futuro.
2. DIFICULDADES DA APRENDIZAGEM DA LEITURA E NA ESCRITA
O estudo deste tema é muito abrangente, pois analisaremos não apenas o
desempenho das crianças com dificuldades acentuadas de aprendizagem,
mas vários aspectos da tarefa de aprender e escrever que podem
constituir obstáculos para o aprendiz, o que são capazes de aprender,
fazendo abordagens nos sistemas familiares, social e o sistema de ensino
que é a escola.
Na tentativa de compreender o fracasso escolar, foram analisados os
aspectos sociais, escolares e psicolingüísticos. O peso do ambiente
escolar contribui para o fracasso escolar.
A metodologia aplicada por memorização compulsiva e repetição não
contextualizada, a maneira de se expressar dos professores rotulando ou
classificando alunos bons e alunos maus. Apesar da prática pedagógica
direcionada através de efeitos de Matheus descrito por Stanovich “os
ricos se enriquecem e os pobres se empobrecem, mais, no entanto alguns
alunos obtêm sucesso”.
A aprendizagem é vista como apreensão ou assimilação de normas
lingüísticas impostas pelo sistema social é uma tarefa de
conceitualização, caracterizando-se como a compreensão dos princípios
organizada da língua, por parte dos aprendizes.
Na teoria cognitiva busca a origens das dificuldades de aprendizagem
da leitura e da escrita, na inteligência, na percepção, na integração de
sentidos auditivos, visuais, na memória imediata, na atenção seletiva e
na linguagem, ou seja, naquilo que ela denomina a déficits cognitivos.
Sendo assim, aprender a ler e a escrever é muito mais que adquirir
habilidades básicas. É principalmente construir, obter e atribuir
sentido e significado a aprendizagem. Para isso, enfatiza-se a criação
de contexto social (zonas de desenvolvimento proximal) nos quais as
crianças aprendam ativamente a usar, provar e manipular a linguagem,
colocando-a serviço atribuição de sentido ou da criação de significado.
(Gomes e Faria Filho, 1997).
Para que a criança consiga construir esse conhecimento ela passa pela
uma organização ou hipóteses até que consiga dominar o conhecimento
específico das letras. Os níveis são. Pré - silábico e silábico -
alfabético.
E importante enfatizar com os próprios alunos qual é a importância de
aprender a ler e escrever. As crianças que já segmentavam as palavras
produzidas alfabéticas e as crianças que ainda não segmentavam
produziram escritas pré – silábico sem e com valor silábico -
alfabético.
A escola deve valorizar toda e qualquer tentativa de escrita, pois é
nesse momento que a criança que esta compreendendo esse sistema escrito.
O grande mito que sustenta a cultura do fracasso escolar é a
classificações de bons e maus alunos, pois só contribuem para aumentar o
índice do insucesso escolar. Pois esses conceitos são relativos, assim
como são relativos conceitos de: certo e errado, de normais e anormais
etc. Na vida, isso depende de muitos fatores e contextos.
Podemos estar criando nas escolas, situações de interação, de
aprendizagem e de avaliação condizentes com o contexto cultural de sua
clientela e propiciadoras da aquisição do conhecimento indispensável ao
sucesso escolar.
Foram realizados vários estudos para entender, o não obter o sucesso
na escola. Tal análise foi desenvolvida para explicação do fracasso
escolar, também salientamos aqui que houve criticas em uma tentativa de
superação de uma pela outra. Podemos verificar que, é possível extrair
do conjunto de concepções alguns aspectos que, em maior e menor escala,
estão presentes em todas elas.
- Problema localizado no aprendiz – segundo a concepção organicista o
aprendiz já nasce com essa responsabilidade instalada em seu celebro. É
inteligência do aprendiz esta comprometida. A concepção dos transtornos
afetivos da personalidade a ponta como fatores determinantes da não
aprendizagem, as perturbações afetivas e características da
personalidade, indicando que tais sintomas podem afetar o campo
cognitivo do aprendiz. As explicações decorrentes das teorias handicap
socioculturais atribuem à criança que fracassa na escola deficiências,
carências ou diferenças que vão desde comparações e atribuições
valorativas de seus hábitos cotidianos até sua incompetência
lingüística.
- Maturidade – seria outro fator determinante no processo. Na teoria
organicista a maturidade se apresenta como natureza física –
neurológica.
- Ausência de abordagens – relacionadas às especificidades da língua,
linguagem oral escrita, e conseqüentemente do próprio objeto de
aprendizagem. Ou seja, não se considera a escrita como objeto de
conhecimento do processo de aprendizagem da mesma.
- As teorias se encontram vinculadas nas práticas escolares na consagração ideologia dominantes.
- O preconceito lingüístico - está presente nas práticas escolares se
apresenta como grande fator de discriminação das crianças das camadas
desfavorecidas da sociedade como aponta Soares (1985, p. 17) ӎ o uso da
língua na escola que evidencia mais claramente as diferenças entre o
grupo sociais e que gera discriminação e fracasso”.
E fracasso acima citado fundamenta-se em pesquisas, em análise de
alunos que fracassaram na escola e passaram oito a nove anos na sala de
alfabetização e não conseguiram o sucesso. Essas dificuldades de
aprendizagem, não são sós problemas pessoais, mas a um conjunto de
condições socioculturais e, sobretudo, que dificultam ou até
impossibilitam sua inserção nos processos de aprendizagem escolar. Para
Cordié (1996) existe uma amplitude maior da questão do que aquela
aparentemente mostrada pelos sujeitos envolvidos:
O fracasso escolar é uma questão complexa cujas causas são múltiplas e
diversas, umas estão ligadas á própria estrutura do sujeito, outras
dependem doa acontecimentos. O fato de elas intrincarem e agirem umas
sobre as outras não ajuda em nada a compreensão do fenômeno. O resultado
disso é que cada um projeta seus fantasmas e inventa remédios para esse
novo flagelo social: É culpa do governo, da sociedade, da Educação
Nacional, dos pais. É preciso apenas... Rever a pedagogia, aumentar as
verbas.
Esse trabalho sobre o fracasso escolar não tem em si mesmo uma
definição clara. Os conceitos, por elas construídas são resultantes, na
maioria das vezes vindo da própria, juntamente com estudos da área
médica, muitos deles já desacreditados, em virtude de sua inconsistência
conceitual e metodológica.
Deve perceber que o fracasso escolar não este limitado a um só fator e
nem acontece por acaso. Ele é datado, como nos mostra Cordié, quando
discute a dimensão do fracasso escolar na sociedade:
O fracasso escolar é uma patologia recente. Só pode surgir com a
instauração da escolaridade obrigatória no fim do século XIX e tomou um
lugar considerável nas preocupações de nossos contemporâneos em
conseqüência de uma mudança radical da sociedade. Também neste caso não é
somente a exigência da sociedade moderna que causa os distúrbios, como
se pensa muito freqüentemente, mas um sujeito que expressa seu mal-estar
na linguagem de uma época em que o poder do dinheiro e o sucesso social
são valores predominantes. A pressão social serve de agente de
cristalização para um distúrbio que se inscreve de forma singular na
história de cada um (1996, p. 17).
Mas a pressão social imposta sobre esses “fracassados” pode não só
definir e estabelecer normas, como organizá – los dentro de um padrão de
“certo e errado”, enquadrando-os nessa perversa realidade. O fracasso
escolar cria normas e valores segundo uma necessidade social e um padrão
de homem socialmente desejado.
Talvez pudéssemos pensar que essas crianças, que não tenha conseguido
aprender somente na escola, talvez estejam procurando mostrar, com essa
recusa de aprender, uma situação que esta latente. Eles parecem negar
não apenas o que lhes é ensinado, mas as situações diversas em que se dá
a aprendizado escolar. Essa atitude pode significar uma fuga
inconsciente das situações vivenciadas por esses sujeitos, das quais o
conhecimento escolar seria uma forma de manifestação. Para Cordie,
“aprender implica um desejo, um projeto, uma perspectiva, não é apenas
compreender”. (Cordie, 1996, p.27.)
A busca de saber e a busca de construção do sujeito poderiam ocorrer
conjuntamente, mas muitos não conseguem vivenciar os dois processos ao
mesmo tempo. Poderíamos deduzir que isso ocorre tento em vista a rigidez
do tempo escolar, o excesso de regras, a estagnação dos conteúdos, o
pouco espaço para conversas e brincadeiras como componentes
complicadores do processo.
È possível encontrar na teoria psicanalítica e no discurso de uma
criança em estudo, pontos convergentes que nos possibilitam pensar sobre
erros escolares.
No artigo “O mecanismo psíquico do esquecimento”, de 1915, Freud
escreve “entre os vários fatores que contribuem para o fracasso de uma
recordação ou para a perda de memória, não se deve menosprezar o papel
desempenhado pelo recalcamento”. Segundo o pai da psicanálise, o fato de
esquecermos algo - em geral nomes próprios, intenções, conhecimentos ou
outras coisas corriqueiras – denuncia a ligação do conteúdo esquecido
com algo que possa trazer uma sobrecarga de desprazer. Os fatos que ela
não podia saber e que agora sabe estariam sendo transportados à
matemática, ocorrendo o que a psicanálise denomina deslocamento.
Em A interpretação de sonhos Freud (1987) desenvolveu o conceito de
deslocamento no processo de formação do sonho, sendo este entendido como
algo que retorna do recalcado. O resultado desse deslocamento é uma
diferença entre conteúdo e o pensamento do sonho. Assim, as imagens do
sonho não se ligam diretamente ou de maneira clara àquilo que o sonho
traz e causa sofrimento ao sujeito. Esse processo, que resulta em
distorção do sonho, é promovido pela censura a fim de garantir um à
defesa psíquica, já que aquilo que está sendo censurado o é algo com
qual o sujeito não podem lidar.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O rendimento escolar insatisfatório, em especial, de um grande número
de alunos nos primeiros anos, tem sido uma preocupação e um dos grandes
desafios para os educadores.
Em especial no caso de escolas públicas, no Brasil um grande, número
de alunos tem apresentado dificuldades de diferentes tipos e rendimento
insatisfatório em relação a padrões definidos pela escola.
Diante do quadro que se apresenta, é compreensível que um grande
número de estudiosos e pesquisadores, em especial nos últimos anos,
venha-se dedicando ao investigar e discutir as razões que contribuem
para que algumas crianças tenham sucesso e outras não.
Apesar de toda a abrangência e complexidade do fenômeno da construção
da aprendizagem, do conhecimento, estou buscando suportes para
compreender as questões que envolvem esse processo.
Enfatizarei a importância deste processo na vida social do cidadão
brasileiro, no âmbito social na nossa realidade exige pessoas
alfabetizadas ou letradas capacitadas para atuar no campo profissional.
Após ter acesso às várias informações e contribuições, sobre o tema
pude verificar que os mesmos são mencionados diferentemente pelos
estudiosos, nomeando-se como: fraturas no processo de aprendizagem,
distúrbios, problemas, sintomas, fracasso escolar, dificuldades,
insucesso, aprendizagem mal sucedida, não aprender e não aprendizagem.
Estudiosos têm argumentado que investir em atendimento clínico ou
institucional ao aluno com tais dificuldades teve-se uma significativa
ampliação do trabalho para o psicopedagogo. Pode-se constatar, nesses
anos, o aumento de clínicas de atendimento psicopedagógico, como também
expansão por parte dos graduados por uma melhor qualificação
profissional.
Os artigos mostram a necessidade de se trabalhar com as
potencialidades das crianças, a partir dos seus conhecimentos prévios,
numa perspectiva de letramento, da maneira que os usos e funções da
escrita e da leitura estejam presentes no processo de alfabetização.
Todos eles apontam à necessidade de se reverem práticas pedagógicas
calçadas na memorização excessiva e de a escola abrir-se pela a escuta
dos problemas de seus alunos com perspectiva de promovê-los, integrá-los
na sociedade antes que os mesmos abandonem a instituição escolar e
entre para o mundo da criminalidade.
Prática social esta sendo entendida como toda experiência,
caracterizada por todas as relações entre os homens na produção social
de sua existência. Nessa prática produzem-se tantos bens materiais – as
riquezas – como os não – matérias – a ciência, o patrimônio cultural –
da humanidade construída pelos homens em suas ações coletivas.
Hoje, torna-se urgente pensarmos a educação escolar cada vez mais
comprometida com a vida social e cultural, voltada para o
desenvolvimento da criatividade, da crítica e de posturas éticas perante
o mundo.
Entretanto, é necessário criar as condições concretas para que as
mudanças ocorram e alcancem a melhoria da qualidade do ensino, sem
propiciar e nem provocar baixas na auto-estima, sentimento de desvalia e
outros sentimentos gerados pelos atos de classificar, reprovar e
excluir as pessoas.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Escola Ciclada de Mato Grosso —
Novos tempos e espaços para ensinar – aprender a sentir, ser e fazer. 2ª Edição. Secretaria de Estado de Educação, Cuiabá, 2001.
FERRERO: Emilia.
Alfabetização Em Processo, 15ª Edição --São Paulo: Cortez, 2004.
_______________
Reflexões Sobre Alfabetização, 24ª Edição-Questão da Nossa Época, Cortez, 2005.
GOMES: Maria de Fátima Cardoso e SENA: Maria das Graças de Castro.
Dificuldades de Aprendizagem na Alfabetização, 2ª Edição, Linguagem & Educação: Belo Horizonte Autêntico. 2002.
MEIRIEU: Philippe.
Aprender... Sim, Mas Como? 7ª Edição – Artmed, Porto Alegre, 1998.
MORAIS: António Manuel Pamplona.
Distúrbios de Aprendizagem: uma abordagem psicopedagógico, 5ª Edição Revista e Ampliada. Edicon - Editora e Consultoria Ltda. São Paulo, 1986.
SOUZA: Evanira Maria de.
Problemas de Aprendizagem, Crianças de 8 a 11 anos. Cadernos de Divulgação Cultural. 1ª Edição. EDUSC Editora da Universidade do Sagrado Coração. 1996.