quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Presença da Música na Educação Infantil

Presença da música na Educação Infantil: Ideias e práticas correntes


A música no contexto da educação infantil vem, ao longo de sua história, atendendo a vários objetivos, alguns dos quais alheios às questões próprias dessa linguagem. Tem sido, em muitos casos, suporte para atender a vários propósitos, como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos: lavar as mãos antes do lanche, escovar os dentes, respeitar o farol etc.; a realização de comemorações relativas ao calendário de eventos do ano letivo simbolizados no dia da árvore, dia do soldado, dia das mães etc.; a memorização de conteúdos relativos a números, letras do alfabeto, cores etc., traduzidos em canções. Constata-se uma defasagem entre o trabalho realizado na área de Música e nas demais áreas do conhecimento, evidenciada pela realização de atividades de reprodução e imitação em detrimento de atividades voltadas à criação e à elaboração musical. A música está presente em diversas situações da vida humana. Nesses contextos, as crianças entram em contato com a cultura musical desde muito cedo e assim começam a aprender suas tradições musicais.
Compreende-se a música como linguagem e forma de conhecimento.
Exemplos: “Eu com as quatro”, “No velho Oeste”, “Fui à China” etc.
A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da auto-estima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração social.

A CRIANÇA E A MÚSICA
O ambiente sonoro, assim como a presença da música em diferentes e variadas situações do cotidiano fazem com que os bebês e crianças iniciem seu processo de musicalização de forma intuitiva. Do primeiro ao terceiro ano de vida, os bebês ampliam os modos de expressão musical pelas conquistas vocais e corporais. A expressão musical das crianças nessa fase é caracterizada pela ênfase nos aspectos intuitivo e afetivo e pela exploração (sensório-motora) dos materiais sonoros. As crianças integram a música às demais brincadeiras e jogos: cantam enquanto brincam, acompanham com sons os movimentos de seus carrinhos, dançam e dramatizam situações sonoras diversas, conferindo “personalidade” e significados simbólicos aos objetos sonoros ou instrumentos musicais e à sua produção musical.
Os conteúdos podem ser tratados em contextos que incluem a reflexão sobre aspectos referentes aos elementos da linguagem musical.
A presença do silêncio como elemento complementar ao som é essencial à organização musical. Ouvir e classificar os sons quanto à altura, valendo-se das vozes dos animais, dos objetos e máquinas, dos instrumentos musicais, comparando, estabelecendo relações e, principalmente, lidando com essas informações em contextos de realizações musicais pode acrescentar, enriquecer e transformar a experiência musical das crianças. A simples discriminação auditiva de sons graves ou agudos, curtos ou longos, fracos ou fortes, em situações descontextualizadas do ponto de vista musical, pouco acrescenta à experiência das crianças. Em princípio, todos os instrumentos musicais podem ser utilizados no trabalho com a criança pequena, procurando valorizar aqueles presentes nas diferentes regiões, assim como aqueles construídos pelas crianças.
jogos de improvisação, instrumentos confccionados pelas crianças, Deve-se promover o crescimento e a transformação do trabalho a partir do que as crianças podem realizar com os instrumentos. Os jogos de improvisação podem, também, ser realizados com materiais variados, como os instrumentos confeccionados pelas crianças, os materiais disponíveis que produzem sons, os sons do corpo, a voz etc. O professor poderá aproveitar situações de interesse do grupo, transformando-as em improvisações musicais. Poderá, por exemplo, explorar os timbres de elementos ligados a um projeto sobre o fundo do mar (a água do mar em seus diferentes momentos, os diversos peixes, as baleias, os tubarões, as tartarugas etc.), lidando com a questão da organização do material sonoro no tempo e no espaço e permitindo que as crianças se aproximem do conceito da forma (a estrutura que resulta do modo de organizar os materiais sonoros).
Deverão ser propostos, também, jogos de improvisação que estimulem a memória auditiva e musical, assim como a percepção da direção do som no espaço.
O professor deve observar o que e como cantam as crianças, tentando aproximar-se, ao máximo, de sua intenção musical. Neste caso, após a fase de definição dos materiais, a interpretação do trabalho poderá guiar-se pelas imagens do livro, que funcionará como uma partitura musical. Os contos de fadas, a produção literária infantil, assim como as criações do grupo são ótimos materiais para o desenvolvimento dessa atividade que poderá utilizar-se de sons vocais, corporais, produzidos por objetos do ambiente, brinquedos sonoros e instrumentos musicais.
A criança e a música – 0 a 3 anos
Os bebês ampliam os modos de expresão musical pelas conquista vocais e corporais. Podem articular e entoar um maior número de sons, inclusive os da língua materna, reproduzindo letras simples, refrões, onomatopéias etc. explorando gestos sonoros, como bater palmas, pernas, pés, especialmente depois de conquistada a marcha, a capacidade de correr, pular e movientar-se acompanhando com a música.
A expressão musical das crianças nessa fase é caracterizada pela ênfase nos aspectos intuitivo e afetivo e pela exploração (sensório-motora) dos materiais sonoros. As crianças integram a música as demais brincadeiras e jogos: cantam enquanto brincam, acompanham com sons os movimentos de seus carrinhos, dançam e dramatizam as situações sonoras diversas conferindo “personalidade”e significados simbólicos aos objetos sonoros ou instrumentos musicais e a sua produção musical.
Objetivos:
O trabalho com a Música deve se organizar de forma a que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:
  • Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais;
  • Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir canções musicais.
O fazer musical:
  • Exploração, expressão e produção do silêncio e de sons com a voz, o entorno e materiais sonoros diversos.
  • Interpretação de música e canções diversas.
  • Participação em brincadeiras e jogos cantados e rítmicos.
Orientações Didáticas:
No primeiro ano de vida, a prática musical poderá ocorrer por meio de atividades lúdicas. O professor estará contribuindo para o desenvolvimento da percepção e atenção dos bebês quando canta para eles; produz sons vocais diversos por meio da imitação de vozes de animais, ruídos etc ou sons corporais, como palmas batidas nas pernas, pés, etc., embala-os e dança com eles. As canções de ninar tradicionais, os brinquedos cantados e rítmicos, as rodas e cirandas, os jogos com movimentos, as brincadeiras com palmas e gestos sonoros corporais.
Resumindo
Os primeiros anos de aprendizagem são propícios para que a criança comece a entender o que é a linguagem musical, aprenda a ouvir sons e a reconhecer diferenças entre eles. “Todo o trabalho a ser desenvolvido na educação infantil deve buscar a brincadeira musical, aproveitando que existe uma identificação natural da criança com a música. A atividade deve estar muito ligada à descoberta e à criatividade”.
(Teca Alencar de Brito, diretora da Escola Oficina de Música e colaboradora do MEC na elaboração dos Referenciais Curriculares de Iniciação Musical)
Brincando, as crianças estarão exercitando as habilidades que serão exigidas durante os anos seguintes.
Apreciação musical:
- Com histórias, fantoches, dramatizações, cativar a criança para que comece a freqüentar a aula de música perdendo o medo do novo,
- Usar o carnaval para desenvolver o tema e participar de um baile carnavalesco,
- Introduzir um instrumento musical do carnaval, como o tambor, por exemplo,
- Utilização da flauta para audições instrumentais,
- Socializar através da música,
- Contacto inicial com instrumentos de percussão, utilizando-os também como objetos sonoros para emitir respostas musicais, a partir de estímulos dados pelo professor,
- Exploração de alguns instrumentos de pequena percussão como, guizos, chocalhos, caxixis, castanholas, tambores, livremente e mais tarde orientados pelo professor,
- Escutar músicas,
- Intervenções feitas com os instrumentos nas músicas já escutadas anteriormente,
- Introduzir instrumentos nas canções (clavas, tambor, etc.)
Desenvolver a coordenação motora:
- Exploração do corpo,
- Percepção das partes do corpo separadamente,
- Vivenciar os movimentos corporais através da música
- Exploração do movimento corporal
Desenvolver a memória musical:
- Linguagem oral e vocabulário,
- Cantar canções curtas e de fácil memorização com temas sobre o corpo, como: bater palmas, bater pés, gestos com os dedos, tornozelos, etc.,
- Desenvolver a percepção auditiva,
- Capacidade de se concentrar,
- Capacidade de imitar,
- Escutar várias gravações das músicas cantadas,
Exploração da música e da cultura popular:
- Divulgar nossa cultura, conhecer canções e brincadeiras populares,
- Folclore,
- Brincos,
- Cantigas de ninar,
Diferenciação de sons:
- Sons: agudos e graves,
Perceber os sons grossos e finos.
Crianças de quatro a seis anos
Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países.
Orientações didáticas
Nessa faixa etária, o trabalho com a audição poderá ser mais detalhado, acompanhando a ampliação da capacidade de atenção e concentração das crianças. As canções infantis veiculadas pela mídia, produzidas pela indústria cultural, pouco enriquecem o conhecimento das crianças. As crianças podem perceber, sentir e ouvir, deixando-se guiar pela sensibilidade, pela imaginação e pela sensação que a música lhes sugere e comunica. A produção musical de cada região do país é muito rica, de modo que se pode encontrar vasto material para o desenvolvimento do trabalho com as crianças. O contato das crianças com produções musicais diversas deve, também, prepará-las para compreender a linguagem musical como forma de expressão individual e coletiva e como maneira de interpretar o mundo.
Resumindo
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil do MEC recomenda a Iniciação Musical na pré-escola e dá ênfase à escolha do repertório, uma das chances que o professor tem de ampliar a visão (e a audição) de mundo do aluno. A música deve ser de boa qualidade, variando desde MPB, músicas folclóricas, cantigas de roda, regionais, até eruditas.
Trabalhar com música na educação infantil melhora a sensibilidade, o raciocínio lógico e a expressão corporal.
A música é a linguagem que organiza som e silêncio. A criança vai tomar consciência da linguagem musical se conseguir ouvir e diferenciar sons, ritmos e alturas, saber que um som pode ser grave ou agudo, curto ou longo, forte ou suave.
Apreciação musical:
- Instrumentar as músicas e as atividades realizadas no período,
- Os instrumentos musicais que:
  • Mais gostam e que menos gostam,
  • Sua utilidade,
- Como e porque construir um instrumento musical,
- O aproveitamento de sucata para isso e sua importância ecológica nesse fazer,
- Perceber e descobrir a importância dos instrumentos musicais para a música,
- Desenvolver o respeito pela natureza através da música,
- Propiciar ambiente e material para criação de alguns instrumentos musicais de fácil execução,
- Favorecer o trabalho em grupo,
- Montar arranjos musicais com os instrumentos construídos.
Desenvolver a coordenação motora:
- Usar todas as aulas do período para desenvolver atividades que proponham movimentar o corpo sob vários ritmos e canções,
- Desenvolver a coordenação motora fina,
- Poder se expressar espontaneamente combinando movimento e música,
- Improvisar movimentos/ maior desenvoltura na ação para:
  • Desinibir,
  • Socializar,
- Poder se expressar espontaneamente combinando movimento e música,
- Improvisar movimentos/ maior desenvoltura na ação,
- Produzir sons com as partes do corpo separadamente, organizando-as numa percussão corporal,
- Descobrir, experimentar, reconhecer e inventar sons com o corpo,
- Movimentos rítmicos,
- Facilitar a ampliação dos movimentos conhecidos,
- Ampliar o respeito pelo outro,
- Introduzir a reflexão musical (analisando, criticando, discutindo em grupo as danças e coreografias montadas).
Desenvolver a memória musical:
- Desenvolver a expressão verbal (versos na roda),
- Escutar a si e ao outro,
- Respeitar o outro quando escolhido,
- Respeitar a sequência da brincadeira,
- Desenvolver o pensamento lógico,
- Desenvolver concentração,
- Desenvolver atenção,
Exploração da música e da cultura popular:
- As comemorações servem de apoio para o desenvolvimento musical,
- Coletar músicas carnavalescas com as crianças:
  • O que é carnaval?
  • De onde vêm as fantasias, as máscaras,
  • Ampliar a marcação do ritmo e pulso,
  • Trabalhar pulso da marchinha carnavalesca,
  • Relembrar os instrumentos do carnaval introduzindo outros novos, exemplo: a-gô-gô,
  • Baile carnavalesco,
- Resgatar histórias, cantigas, canções e brincadeiras que foram ensinadas por nossas mães, avós, babás e que estão esquecidas,
- Brincadeiras de roda,
- Conversar sobre o folclore e a cultura popular brasileira,
- Escolher um outro país para cantar canções folclóricas de lá,
- Incentivar e desenvolver as brincadeiras de roda usando cantigas folclóricas,
- Pesquisar sobre a origem dos instrumentos.
Diferenciação de sons:
- Progredir no controle da voz ampliando sua expressão verbal,
- Conhecimento das qualidades do som, altura do som agudo e grave,
- Perceber timbres, representando os movimentos, agrupando e organizando,
- Perceber a diferença entre agudos e graves, desenvolver a linguagem oral através da música,
- Atividades que incentivem as crianças a imitar ruídos (telefone, pingo d’água, unha de gato riscando e arranhando),
- Explorar o som da própria voz (gritando, chorando, sussurrando, murmurando),
- Formar grupos dos sons,
- Introduzir o silêncio,
- Trabalhar o timbre,

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O PROFESSOR
Para as crianças nesta faixa etária, os conteúdos relacionados ao fazer musical deverão ser trabalhados em situações lúdicas, fazendo parte do contexto global das atividades.
A escuta é uma das ações fundamentais para a construção do conhecimento referente à música. O professor deve procurar ouvir o que dizem e cantam as crianças, a “paisagem sonora” de seu meio ambiente e a diversidade musical existente: o que é transmitido por rádio e TV, as músicas de propaganda, as trilhas sonoras dos filmes, a música do folclore, a música erudita, a música popular, a música de outros povos e culturas.
As marcas e lembranças da infância, os jogos, brinquedos e canções significativas da vida do professor, assim como o repertório musical das famílias, vizinhos e amigos das crianças, podem integrar o trabalho com música.
É importante desenvolver nas crianças atitudes de respeito e cuidado com os materiais musicais, de valorização da voz humana e do corpo como materiais expressivos.
Organização do tempo
Cantar e ouvir músicas podem ocorrer com frequência e de forma permanente nas instituições. Podem ser, também, realizados projetos que integrem vários conhecimentos ligados à produção musical. A construção de instrumentos, por exemplo, pode se constituir em um projeto por meio do qual as crianças poderão:
  • explorar materiais adequados à confecção;
  • desenvolver recursos técnicos para a confecção do instrumento;
  • informar-se sobre a origem e história do instrumento musical em questão;
  • vivenciar e entender questões relativas a acústica e produção do som;
  • fazer música, por meio da improvisação ou composição, no momento em que os instrumentos criados estiverem prontos.
Jogos e brincadeiras
A música, na educação infantil mantém forte ligação com o brincar. Em todas as culturas as crianças brincam com a música. Os jogos e brinquedos musicais da cultura infantil incluem os acalantos (cantigas de ninar); as parlendas (os brincos, as mnemônicas e as parlendas propriamente ditas); as rondas (canções de roda); as adivinhas; os contos; os romances etc.
Os acalantos e os chamados brincos são as formas de brincar musical característicos da primeira fase da vida da criança. Os jogos sonoro-musicais possibilitam a vivência de questões relacionadas ao som (e suas características), ao silêncio e à música.
Jogos de escuta dos sons do ambiente, de brinquedos, de objetos ou instrumentos musicais; jogos de imitação de sons vocais, gestos e sons corporais; jogos de adivinhação nos quais é necessário reconhecer um trecho de canção, de música conhecida, de timbres de instrumentos etc.; jogos de direção sonora para percepção da direção de uma fonte sonora; e jogos de memória, de improvisação etc. são algumas sugestões que garantem às crianças os benefícios e alegrias que a atividade lúdica proporciona e que, ao mesmo tempo, desenvolvem habilidades, atitudes e conceitos referentes à linguagem musical.
Organização do espaço
O espaço no qual ocorrerão as atividades de música deve ser dotado de mobiliário que possa ser disposto e reorganizado em função das atividades a serem desenvolvidas.
As fontes sonoras
O trabalho com a música deve reunir toda e qualquer fonte sonora: brinquedos, objetos do cotidiano e instrumentos musicais de boa qualidade. Pode-se confeccionar diversos materiais sonoros com as crianças, bem como introduzir brinquedos sonoros populares, instrumentos étnicos etc. O trabalho musical a ser desenvolvido nas instituições de educação infantil pode ampliar meios e recursos pela inclusão de materiais simples aproveitados do dia-a-dia ou presentes na cultura da criança.
Os brinquedos sonoros e os instrumentos de efeito sonoro são materiais bastante adequados ao trabalho com bebês e crianças pequenas. Os vários tipos, como bongôs, surdos, caixas, pandeiros, tamborins etc., estão muito presentes na música brasileira. Ao experimentar tocar instrumentos como violão, cavaquinho, violino etc., as crianças poderão explorar o aspecto motor, experimentando diferentes gestos e observando os sons resultantes.
É aconselhável que se possa contar com um aparelho de som para ouvir música e, também, para gravar e reproduzir a produção musical das crianças.
Diferentes tipos de sons (curtos, longos, em movimento, repetidos, muito fortes, muito suaves, graves, agudos etc.) podem ser traduzidos corporalmente.
Sequência de exercícios de 4 a 6 anos
Mostram que o som pode ser grave ou agudo, forte ou fraco, rápido ou lento. E dá o primeiro passo rumo à escrita musical.
Quando se pede para a criança de quatro a seis anos desmontar as teclas do xilofone e remontá-las por ordem de tamanho, ela descobrirá que peças de tamanhos diferentes emitem sons variados. Provavelmente a diferença entre eles será tratada como o som “grosso” e o som “fino”. Explique a ela que o “grosso” chama-se grave e o “fino”, agudo.
Preencha três latas de refrigerante iguais, uma com pedras, outra com feijão e outra com arroz. Peça para seus alunos identificarem qual som é mais grave, qual é mais agudo e qual fica na faixa média. Aqui há uma evolução na aprendizagem iniciada com a seriação das notas no xilofone, pois, apesar das latas terem a mesma forma e tamanho, emitem sons diferentes.
Peça para a turma colocar a lata com o som mais grave debaixo da mesa, a com o som médio sobre a mesa e a que for mais aguda em cima da cadeira. Em seguida, usando bolinhas de fita crepe, associe cada linha na lousa ao som de uma lata, colocando o som mais grave na linha de baixo, o médio na linha do meio e o agudo na linha alta. Desta forma, eles estarão dando o primeiro passo para entender o que é registro sonoro: a passagem do som para sua forma escrita.
Use as latinhas para trabalhar outros conceitos importantes na música. Sacudindo uma delas de maneira forte ou fraca, você mostra a diferença de intensidade do som; agitando rápida ou vagarosamente, trabalha-se a noção do andamento. Crianças nesta idade costumam confundir os dois conceitos e uma pulsação rápida tende a ser compreendida como forte. Mostre a eles como um som pode ser fraco (na intensidade) e rápido (no andamento) ou forte e lento. Latinhas na mão, será a vez deles testarem.
Observação, registro e avaliação formativa
A avaliação na área de música deve ser contínua, levando em consideração os processos vivenciados pelas crianças, resultado de um trabalho intencional do professor. Deve basear-se na observação cuidadosa do professor. Por meio da voz, do corpo, de instrumentos musicais e objetos sonoros deverão interpretar, improvisar e compor, interessadas, também, pela escuta de diferentes gêneros e estilos musicais e pela confecção de materiais sonoros.
Uma maneira interessante de propiciar a auto-avaliação das crianças nessa faixa etária é o uso da gravação de suas produções. Ouvindo, as crianças podem perceber detalhes: se cantaram gritando ou não; se o volume dos instrumentos ou objetos sonoros estava adequado; se a história sonorizada ficou interessante; se os sons utilizados aproximaram-se do real etc.
Sugestões de obras musicais e discografia
A ARCA DE NOÉ. Discos Marcus Pereira, 1978.
ACERVO FUNARTE, MÚSICA BRASILEIRA. Antonio José Madureira, Selo Eldorado, 1987.
BAILE DO MENINO DEUS. Cantos dos índios Bororo.
CANÇÕES DE BRINCAR. • CANTO DO POVO DAQUI. Teca-Oficina de Música, SP, 1996.
CARRANCAS. Canções.
TV Cultura/SESI, Velas, 1995.
COLEÇÃO MÚSICA POPULAR DO NORTE. • COLEÇÃO MÚSICA POPULAR DO NORDESTE. • COLEÇÃO MÚSICA POPULAR DO CENTRO-OESTE. • COLEÇÃO MÚSICA POPULAR DO SUDESTE. • COLEÇÃO MÚSICA POPULAR DO SUL. Canções.
Cantos da Tradição Xavante,
Quilombo Música, 1994.
FOR CHILDREN. TODOS OS SONS. • MÚSICA NA ESCOLA. • MÚSICA PARA BEBÊS. Movieplay Brasil, 1994.
NA PANCADA DO GANZÁ. • O CARNAVAL DOS ANIMAIS. • VILLA-LOBOS ÀS CRIANÇAS. • VILLA-LOBOS DAS CRIANÇAS. Espetáculo musical de cantigas infantis,
Estúdio Eldorado, 1987.
VILLA-LOBOS PARA CRIANÇAS.

BIBLIOGRAFIA
BEAUMONT, Maria Teresa de e FONSECA, Selva Guimarães. O ENSINO DE MÚSICA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: saberes e práticas escolares. GT: Ensino Fundamental/nº13- 26a Anped.
BELLOCHIO, Claúdia Ribeiro. A Educação Musical no Ensino Fundamental: Refletindo e discutindo práticas nas séries iniciais. UFSM, 23ª Anped, GT Currículo.
BRITO, Teca Alencar. A música na educação infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003.
DOHME, Vânia. Atividades lúdicas na educação: o caminho de tijolos amarelos do aprendizado. Petrópolis: Vozes, 2004.

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